segunda-feira, 11 de junho de 2007

Estratégia

Autor de referência: Richard Whipp
Tanto o conceito de estratégia como de logística originaram-se da guerra como forma de construir vantagens e atalhos em batalhas para destruir seus oponentes. Em estudos organizacionais a estratégia é vista como meio de obter o ajuste entre a empresa e o ambiente, mercados e concorrências numa busca incessante por resultados que maximize seus dividendos.
No final dos anos 70 o trabalho de Porter trouxe uma grande contribuição à política de negócios, pois a introdução da estratégia no mundo dos negócios ocorreu simultaneamente com a questão da competitividade. O contexto econômico das opções estratégicas das empresas torna-se o foco, originando os modelos de estrutura, de condução e desempenho.
O campo da estratégia tem focado a tecnologia de informação como um fator crítico a ser gerenciando, dada a aspiração dos estrategistas a fornecerem direção apropriada ao crescimento e à renovação da empresa.
Creio que a principal preocupação do autor são as várias perspectivas e usos do conceito de estratégia, a evolução desde o planejamento passando por formatos cognitivos de tomada de decisão até o surgimento de uma política empresarial e de seus processos de tal forma que a estratégia deve ser estudada por outras disciplinas, pois sua importância e complexidade não pode ser atribuídas apenas ao campo dos estudos organizacionais.

Pontos relevantes (caos x estratégia)
A estratégia diz respeito tanto à organização como ao ambiente, é complexa, afeta o bem estar das organizações, envolve questões de conteúdo como de processo, possuem níveis diferentes e vários processos de pensamentos.
Partindo do principio que a estratégia é um processo determinístico não aleatório, e complexo, a teoria do caos sugere que os processos aleatórios ou processos complexos podem atuar em formas obscuras e particulares de ordem, notavelmente Gleick (1987), descreve um sistema caótico onde se encontra ordem “massacrada” como o caos. O mesmo refere-se aos sistemas não-lineares (Smith 2002:519) a estratégia envolve forças em tão grande número e dimensão e tão vasta combinação de poderes que ninguém pode prever os acontecimentos em termos probabilísticos.
Só a estratégia permite avançar no incerto e no aleatório. A arte da guerra é estratégica porque é uma arte difícil que deve responder não só à incerteza dos movimentos do inimigo, mas também à incerteza sobre o que o inimigo pensa. A estratégia é a arte de utilizar as informações que aparecem na ação, de integrá-las, de formular esquemas de ação e de estar apto para reunir o máximo de certeza pra enfrentar a incerteza. (Morin: 1996 a,191).
Questões:
A estratégia poderia ser estudada através da disciplina orientada pela psicologia das organizações?
A estratégia a ser definida não está função de uma prévia análise do SWOT?
Se a estratégia surge como meio de lidar com a concorrência e mercados, quais os recursos básicos necessários para sua formulação tratando-se de uma empresa de tecnologia?
Seria possível ensinar princípios de estratégia que permitiriam enfrentar os imprevistos, incertezas e modificar seu desenvolvimento.
De que forma a teoria do caos poderia fornecer base e suporte para várias situações presentes na formação das estratégias?

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